Três exposições: Trajes do Séc. XIX; Trajes do Séc. XX e o Traje como meio de comunicação Intercultural.
Pela manhã deslocamo-nos de metro até ao Lumiar, onde fica o Museu Nacional do Traje e da Moda mas concretamente situa-se na Quinta do Monteiro-Mor, no Palácio Angeja-Palmela.
A quinta compreende também o Palácio do Monteiro-Mor, uma casa do Século XVIII, o Jardim Botânico e uma zona verde com onze hectares.
O palácio onde está instalado o Museu do Traje e da Moda foi mandado construir por D. Pedro José de Noronha, 3º Marquês de Angeja, durante o séc. XVIII, o edifício foi construído sob influência da arquitectura pombalina, desenhando-se em duas fachadas, uma das quais termina com a Capela.
A entrada principal do Palácio desenvolve-se como uma galilé e a articulação entre os andares é feita por uma escada de quatro lanços rectos. Nas salas destacam-se os tectos de masseira, os estuques, as pinturas ornamentais e alguns milhares de azulejos setecentistas.
Para além de nos deslumbrarmos com os magníficos tectos dos salões e da riqueza da pequena capela foi possível visitar 3 das exposições patentes no momento.
Começamos pelos trajes do séc. XIX, onde se encontravam patentes trajes e acessórios de 1800 a 1900. Os vestidos de Estilo Império mostram linhas simples e fluidas, de cores suaves e tecidos ligeiros, inspirados na Antiguidade Greco-Romana. Com o Romantismo os espartilhos e as armações regressam ao traje feminino, assim como uma maior elaboração nas formas, tecidos e cores. O traje masculino adquire, neste período, a sobriedade que o vai caracterizar durante várias décadas reflectindo os ideais da burguesia.
De seguida entramos nas salas da exposição referente ao séc. XX na qual podemos observar trajes e acessórios representativos das grandes alterações vividas na moda do século XX: do Estilo Belle Époque, aos Loucos Anos 20, do glamour dos Anos 30, às restrições da 2ª Grande Guerra e à sofisticação do New Look. A partir dos Anos 60 a juventude começa a criar os seus próprios grupos e estilos, surge a minisaia, o pronto-a-vestir e a moda unisexo. São também apresentadas peças de criadores portugueses que se destacaram nos Anos 80 e 90, como Ana Salazar, José António Tenente, entre outros.
Foi possível ver também trajes de diversos países, encarando o traje como meio de comunicação Intercultural. Foi uma pequena viagem pelo espólio do Museu do Traje, que permitiu conhecer os trajes dos países do mundo onde se fala português.
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